Pesquisa IBM: 78% dos líderes empresariais brasileiros projetam investimento em tecnologia para 2023

Pesquisa IBM: 78% dos líderes empresariais brasileiros projetam investimento em tecnologia para 2023
 
Principais tecnologias incluem IA, automação e nuvem híbrida; riscos cibernéticos, mudanças de mercado e pressões ambientais estão impulsionando os investimentos.

São Paulo, 9 de fevereiro de 2023 — Uma nova pesquisa global da IBM revela que 78% dos líderes empresariais brasileiros investirão em tecnologia nos próximos 12 meses — o que inclui soluções como IA, automação e nuvem híbrida. A porcentagem é maior do que em outros países, como EUA, Japão, Alemanha e Reino Unido. 

Com essa perspectiva significativa para o cenário brasileiro em 2023, os principais fatores externos que estão impulsionando o investimento em tecnologia no País são riscos cibernéticos (32%), mudanças de mercado (29%) e pressões ambientais devido à agenda ESG (26%). Entre os fatores que estão dificultando ou desacelerando os investimentos em tecnologia, a inflação lidera com 30%. 

O estudo “Previsões de Investimentos Globais em Tecnologia”, que a IBM encomendou à Morning Consult, traz um panorama dos investimentos em tecnologia para as empresas brasileiras, nos próximos 12 meses e previsões mais longas, de dois a cinco anos.

A pesquisa inclui a opinião de 4.000 líderes empresariais globais do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, China, Índia, Alemanha, Japão e Canadá. 

Liderança na implementação de 5G e nuvem nos próximos anos 

Sobre as tecnologias que as empresas brasileiras pretendem implementar nos próximos dois anos, as principais são 5G (39%), seguida de computação em nuvem (híbrida, pública e privada) e soluções de TI verde (ambas com 36%), soluções de cibersegurança (35%) e Soluções IoT, com 33%. 

Em relação às tecnologias emergentes que os líderes brasileiros acreditam que mudarão os negócios nos próximos 3 a 5 anos, existem as plataformas de nuvem para indústria (31%), seguidas por funcionários digitais, IA generativa, segurança cibernética com infusão de IA e armazenamento computacional, todos com 29%. 
“Vemos um compromisso com a tecnologia em diferentes setores do país.

Os serviços financeiros, por exemplo, tem dado uma grande contribuição aos investimentos devido à alta competitividade e transformação das operações
financeiras, além do recente lançamento do Pix e do Open Finance.

Outro setor é o varejo, o e-commerce foi muito impulsionado pela pandemia e grande parte dessa operação é suportada por tecnologias, como a nuvem. Por fim, considero a área de serviços, pois as empresas do setor têm grande potencial para aplicar tecnologia para automatizar processos de negócios usando IA para aumentar a eficiência”, disse o CTO de Technology, Cloud e Cognitive Software da IBM Brasil, Wagner Arnaut. 

Investir em sustentabilidade: um caminho incontornável 
Em relação aos fatores externos que impulsionam os investimentos em sustentabilidade, as pressões ambientais lideram no Brasil – e globalmente – com 43%, seguidas por mudanças de mercado (37%), pressões de conformidade legal e regulatória e diretivas c-suite (ambos com 32%). 

No Brasil, os líderes mencionaram investimentos específicos em sustentabilidade como “soluções que ajudam a gerenciar ativos, instalações e infraestrutura para impulsionar a transição para energia limpa, gerenciamento eficiente de resíduos e descarbonização” e “soluções que ajudam a impulsionar a eficiência energética em computação e TI”, ambos com 61%. 

Por fim, a nível global, investir em edifícios mais sustentáveis ​​e em computação e TI com eficiência energética estão entre os principais investimentos em sustentabilidade planejados para os próximos dois anos. 

Metodologia

A pesquisa foi realizada pela Morning Consult entre 15 e 26 de novembro de 2022 entre uma amostra de 4.001 líderes empresariais (tomadores de decisão de estratégia corporativa ou de TI) nos EUA, Reino Unido, Brasil, China, Índia, Alemanha, Japão e Canadá.

As entrevistas foram realizadas online. Os resultados da pesquisa completa têm uma margem de erro de mais ou menos 2 pontos percentuais.