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Abertura de capital na Bolsa licoes de casa para um processo sem turbulencias


Abertura de capital na Bolsa: “lições de casa” para um processo sem turbulências


São Paulo

– A

MAIO

, consultoria de

executive search

e conselhos especializada em apoiar empresários e investidores nos momentos de transformação de suas empresas, criou um material com as melhores práticas no processo de abertura de capital. A ideia é permitir que as organizações tirem o melhor proveito das novidades que um IPO proporciona.

O Brasil tem menos de 500 empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira, enquanto países como a Austrália, por exemplo, já contam com mais de 2.000. Não há dúvidas que o mercado brasileiro de capitais ainda tem muito a evoluir e crescer, pois o potencial é grande.


“No nosso dia a dia, percebemos que um grupo relevante de empresas de controle familiar tem demonstrado interesse em abrir capital, de modo a acessar recursos financeiros a um custo mais baixo, do que fazer uso do patrimônio dos sócios, ou atrair um parceiro minoritário, ou vender ativos ou até buscar diferentes formatos de dívida”

, afirma Marcelo de Lucca, sócio e cofundador da MAIO.


Marcelo de Lucca, sócio e cofundador da MAIO

Antes de qualquer passo, é fundamental refletir sobre as reais motivações, desafios e consequências de preparar uma empresa para um IPO. Esse movimento não pode ser visto como um fim, mas, sim, como um novo começo, onde há múltiplos sócios e, portanto, mais possibilidades e menos liberdade. E é essa perda de liberdade que, normalmente, é subestimada no processo.

Com uma preparação adequada, com profundidade e tempo, minimizam-se as chances de surpresas negativas, pois haverá constantes cobranças, pressões por crescimento e melhoria de resultados por parte dos “novos sócios” não escolhidos pelo até então dono da empresa.


Criação de um Conselho de Administração

Visando um IPO, um “ator” importante é o Conselho de Administração (CA) e seus comitês de assessoramento. O ideal é que o CA seja formado muito tempo antes do IPO, até porque uma de suas atribuições é a escolha e avaliação do CEO e da diretoria executiva.


“Para o processo de abertura de capital e especialmente após a realização do IPO, há que se contar com um “time” forte e experiente”

, lembra Marcelo.


Definição de cargos

É preciso selecionar quem irá liderar a empresa após a abertura de capital. O

CEO (

Chief Executive Officer

)

será responsável pela elaboração dos planos de ação e sua adequada execução. E aqui há mais um ponto de atenção, uma vez que se deve pensar também no seu plano de sucessão, independente do prazo para tal substituição, já que esta preocupação torna-se pública e é importante se preparar para ela.

Em conjunto com o CEO, o

CFO (

Chief Financial Officer

– Diretor Financeiro)


stakeholders

, pois a empresa passa a ser mais exigida em relação à qualidade da informação, controladoria, planejamento financeiro, além das exigências em temas como auditoria independente, gestão de riscos e

compliance

.

Toda empresa de capital aberto tem que designar um

Diretor de Relações com Investidores – RI

. Esse executivo precisa conhecer profundamente as informações setoriais no Brasil e no mundo, entender os resultados trimestrais e as projeções futuras, bem como os riscos e oportunidades dos negócios. Além de combinar conhecimentos técnicos em finanças com visão de negócios e habilidades de comunicação e de relacionamento. Boa parte dos profissionais de RI cuida também de planejamento estratégico ou de fusões e aquisições.

Tanto para a preparação de um IPO quanto para o momento seguinte, o advogado societário, com conhecimento e experiência no mercado de capitais, é fundamental para garantir o cumprimento de todos os atos regulatórios e eventuais movimentações no quadro de sócios. Frequentemente ocupam posições na

Secretaria de Governança

(

governance office

), vinculada ao Conselho de Administração.

Outro profissional relevante em um processo de IPO é o responsável pelo


Compliance


, pela aderência a padrões e condutas. Em uma empresa de capital aberto, políticas de relacionamento e de administração de conflitos com partes interessadas, comunicação de fatos relevantes, remuneração estratégica, códigos de ética e canais de denúncias são apenas alguns dos exemplos que integram as práticas de

compliance

.


“A decisão pela abertura de capital de uma empresa exige muito estudo e a montagem de um time experiente de executivos e assessores. Selecionar bem esses profissionais é um passo importante no sucesso da operação”

, reforça Marcelo.


Governança Corporativa

Um dos principais aprendizados é que “partir” de uma empresa totalmente controlada pelos sócios fundadores (ou seus herdeiros) para uma companhia listada pode ser um processo mais difícil do que se imagina. Afinal, empresas de controle familiar contam com agilidade na tomada de decisões e, ao tornar-se de capital aberto, passam a contar com mais instâncias decisórias, maior obrigação de transparência e, portanto, esse processo torna-se mais lento. Controladores e minoritários precisam ser protegidos no processo decisório.


Aprendizagem

É evidente que o principal impacto na dinâmica dos negócios após o IPO é o aumento da “formalidade”. Agendas que antes eram pautadas por estratégia e novos negócios, passam a ser parcialmente ocupadas com maior formalismo na aprovação de contas, registro de decisões e mais concentradas no regimento.

Em um ambiente de empresa de capital fechado, muitas vezes, uma determinada decisão é aprovada com dois telefonemas. Essa informalidade torna-se proibida em uma empresa de capital aberto. Qualquer decisão que precise passar pelo Conselho deve ser compartilhada simultaneamente com todos seus integrantes. Além disso, precisa ser formalizada em ambiente que garanta o registro e a confidencialidade total dos dados.

É inegável que muito antes da abertura de capital, a empresa precisa se preparar para responder a novas demandas e isso não significa apenas criar funções. Em muitos casos é necessário trazer novos conhecimentos, o que pode demandar a substituição de membros do time.

A abertura de capital é uma transição muito importante que coloca a empresa em um novo patamar, com o início de um novo ciclo na história da organização. Para tanto, é fundamental ter clareza sobre os motivos que justificam esse movimento, sob o risco de trazer enormes frustrações societárias, financeiras, familiares e até emocionais. E buscar contar com equipes profissionais de qualidade.

Para baixar o

paper

na íntegra, acesse:

https://maio.work/ipo-preparando-o-dia-seguinte/


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Sobre a M A I O

Fundada em 2019 por sócios com ampla experiência nas áreas de

executive search

e avaliações de executivos e conselhos, a M A I O tem como propósito contribuir com empresas brasileiras na contratação e sucessão de CEOs, executivos-chave e conselheiros, além de apoiar seus clientes na evolução contínua de sua governança corporativa.

Com sede em São Paulo e atuação em todas as regiões do Brasil, a especialidade da M A I O é apoiar empresários e investidores nos momentos de transformação de suas empresas. Circunstâncias como sucessão geracional, preparação para abertura de capital ou entrada de novos sócios, ganho de escala, desenvolvimento de novos negócios ou necessidade de melhoria de desempenho marcam a atuação da empresa.

A atuação da consultoria é marcada por profundidade, adquirida nos mais de 60 anos de experiência acumulada pelos seus sócios, que constroem com seus clientes relações próximas, duradouras e baseadas em confiança.


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