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Ciberseguranca corporativa o elo mais fraco da corrente


Cibersegurança corporativa: o elo mais fraco da corrente



Por Renan Oliveira,




head de soluções de cibersegurança na Nortrez



O Brasil encontra- se em uma zona de guerra cibernética. Ataques de ransomware, como bombas digitais, explodem com frequência cada vez maior, colocando em risco dados confidenciais, reputações e finanças de empresas de todos os portes. O cenário é alarmante: mais de 328 mil ataques no primeiro semestre de 2023, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o relatório estadunidense do Identity Theft Resource Center (ITRC). O país lidera o ranking na América Latina, ostentando um título nada honroso: o alvo número um dos cibercriminosos.


No campo de batalha cibernético, os hackers estão sempre um passo à frente. Eles exploram as vulnerabilidades humanas e técnicas, mas é o fator humano que muitas vezes se torna o elo mais fraco da corrente de segurança. As empresas podem investir em tecnologias avançadas de proteção, mas se os colaboradores não estiverem devidamente conscientizados e engajados na cultura de segurança, a batalha estará perdida desde o início.


A aculturação dos colaboradores em práticas seguras é um dos pilares fundamentais da cibersegurança corporativa. É preciso que cada membro da equipe compreenda a importância de proteger as informações da empresa e esteja ciente dos riscos e das melhores práticas para evitá-los. Treinamentos regulares, campanhas de conscientização e a criação de uma cultura de segurança são essenciais para fortalecer esse elo humano na corrente de proteção.


No entanto, a batalha contra o ransomware não se restringe apenas à conscientização dos colaboradores. Os cibercriminosos estão sempre aprimorando suas táticas, desenvolvendo novas ameaças e explorando as fraquezas dos sistemas. É necessário, portanto, que as empresas estejam em constante evolução, atualizando suas defesas e adotando as melhores práticas de cibersegurança.


Uma das principais técnicas de cibersegurança corporativa é a autenticação multifator (MFA), que adiciona uma camada extra de proteção ao exigir uma segunda etapa de autenticação, além da senha, para acessar contas e sistemas. Dessa forma, mesmo que um hacker consiga obter a senha, ele ainda precisará de um segundo fator, como um código enviado por SMS ou gerado por um aplicativo de autenticação, para acessar a conta. A MFA é uma barreira eficaz contra ataques de força bruta e phishing, reduzindo significativamente o risco de comprometimento das contas.


Outra medida é o gerenciamento de senhas. Senhas fracas e reutilizadas são um convite aberto para os hackers. É fundamental que as empresas adotem um cofre de senhas, como o



LastPass



, que permite armazenar e gerenciar senhas de forma segura e criptografada. Além disso, o LastPass oferece recursos avançados, como o compartilhamento seguro de senhas entre colaboradores e a autenticação multifator para o acesso ao cofre. Dessa forma, as empresas podem fortalecer sua segurança sem comprometer a produtividade.


A batalha contra o ransomware é uma guerra constante, e as empresas brasileiras precisam estar preparadas para enfrentá-la. A cibersegurança corporativa não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de pessoas e processos. Investir em soluções avançadas de proteção, aculturar os colaboradores em práticas seguras e estar sempre atento às novas ameaças são os pilares para fortalecer a corrente de segurança e proteger a empresa contra os ataques cibernéticos.