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Fenomeno da fuga de cerebros contribui para quantidade recorde de brasileiros com greencards dos EUA

Fenômeno da fuga de cérebros contribui para quantidade recorde de brasileiros com greencards dos EUA

Pesquisa realizada pela AG Immigration mostra que em 2023 cerca de 28 mil brasileiros receberam a residência permanente nos Estados Unidos, maior volume da série histórica

De acordo com pesquisa do escritório de advocacia AG Immigration, com dados obtidos junto ao Departamento de Segurança Interna dos EUA, no ano passado, 28.050 cidadãos do Brasil receberam a residência permanente estadunidense – o famoso green card. Trata-se do maior volume da história e de uma alta de 16% em relação às 24.169 emissões de 2022 – o recorde anterior.

De acordo com a CEO da AG Immigration, Leda Oliveira, os dados reforçam o movimento de fuga de cérebros que já vinha sendo observado no Brasil. “Nos últimos cinco anos, foram registrados os quatro maiores volumes anuais de emissão de green cards para brasileiros. É uma tendência notável”, observa a executiva, que há 14 anos mora nos EUA.

O fenômeno de fuga de trabalhadores, segundo Leda, é explicado por dois motivos principais: a escassez de mão de obra nos EUA, que inflaciona salários e estimula a contratação de imigrantes, e a estagnação político-econômica do Brasil na última década, “que muitas vezes provoca um sentimento de desesperança na população e não gera oportunidades financeiras adequadas”.

Com isso, o Brasil foi o 10º país que mais recebeu o benefício imigratório. O ranking é liderado por México (179 mil), Índia (76 mil), Cuba (74 mil), República Dominicana (66 mil) e China (58 mil).

O levantamento da AG Immigration também revelou que a quantidade de brasileiros que obtiveram a cidadania americana também atingiu o segundo maior patamar da série histórica, após ter atingido recorde em 2022. Ao todo, foram 12.570 naturalizações em 2023, leve queda de 4,7% sobre as 13.203 do ano anterior.

O Brasil foi o 16 país que mais teve nacionais obtendo a cidadania dos EUA, atrás de nações como México (109 mil), Índia (57 mil), Filipinas (43 mil), Canadá (18 mil) e Reino Unido (12,7 mil).

Em geral, um estrangeiro pode naturalizar-se cidadão americano após cinco anos com o green card, contanto que a maior parte desse tempo tenha sido passada em solo estadunidense. “Quando a pessoa recebe a residência permanente, ela tem que, de fato, morar no país. Caso contrário, o benefício pode ser revogado”, explica a CEO da AG Immigration.

Como cidadão, o imigrante consegue obter direitos que, apenas como residente permanente, ele não tem, como o direito ao voto, acesso a programas de benefício social e financiamento estudantil, trabalhar em certos cargos da administração pública federal e obter o passaporte americano.

Além disso, como cidadão, ele pode patrocinar a ida de familiares para os EUA, como os pais.

Os números do levantamento da AG Immigration referem-se aos anos fiscais americanos, que compreendem o período de 1º de outubro a 30 de setembro e é a principal maneira que o governo dos EUA utiliza para divulgar suas estatísticas.

Os green cards para brasileiros basicamente se dividem entre aqueles emitidos com base no parentesco do imigrante, ou seja, quando a pessoa já tem algum familiar que é residente permanente ou cidadão nos EUA, e aqueles concedidos com base no emprego. Estes, em geral, são voltados a profissionais que vão trabalhar em alguma empresa americana ou que, mesmo sem ter uma oferta de emprego, vão para os EUA para desenvolver suas carreiras.

Série Histórica: green cards dos EUA para brasileiros (2000-2023)

Série Histórica: naturalização de brasileiros para a cidadania americanos (2000-2023)

Sobre a AG Immigration

A AG Immigration é um dos principais escritórios de advocacia imigratória dos EUA, já tendo auxiliado cidadãos de 32 países a obter o green card americano . Foi fundada em 2019 pelos empresários Rodrigo Costa, que em 2023 recebeu o título de “Immigration Law Trailblazer” da revista americana The National Law Journal, e Leda Oliveira. A AG Immigration tem sede em Washington, D.C., além de escritórios em Las Vegas, Los Angeles, Orlando, Nova York, Belo Horizonte (MG) e Barueri (SP). Mais informações:

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