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Revolução Financeira no Brasil: Crescimento Recorde em Contas Digitais Marca Nova Era de Inclusão

Revolução Financeira no Brasil: Crescimento Recorde em Contas Digitais Marca Nova Era de Inclusão

Estudo revela que o avanço tecnológico e a preferência por serviços bancários online estão impulsionando a bancarização em regiões historicamente desassistidas, prometendo um futuro de maior acessibilidade financeira.

Foto: Reprodução

O Brasil está se destacando como um líder global em inclusão financeira, com um crescimento recorde no número de contas bancárias digitais, conforme revela o estudo mais recente do Ranking idwall de Experiência Digital, realizado em parceria com a consultoria Cadarn. Em 2023, o país ultrapassou a impressionante marca de 1,2 bilhão de contas bancárias ativas, um aumento de 14,2% em relação ao ano anterior. Este avanço significativo indica que aproximadamente 90% dos brasileiros possuem algum tipo de vínculo bancário.

A pesquisa aponta que a era digital tem transformado a interação dos brasileiros com as instituições financeiras. Impulsionada pela digitalização dos serviços e pela popularidade do Pix, a maioria dos usuários (84,2%) acessa seus aplicativos bancários pelo menos uma vez por semana, com quase metade (45,6%) fazendo isso diariamente. Além disso, a grande maioria (88,7%) planeja aumentar ou manter a frequência de uso dos serviços de seus principais bancos.

Curiosamente, a preferência por meios digitais para resolver questões financeiras é esmagadora. 46,4% dos usuários optam por aplicativos e 27,1% pelo WhatsApp, enquanto apenas 7,5% ainda preferem o atendimento presencial em agências. Essa tendência é particularmente notável nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, que, com menos agências bancárias por mil habitantes, lideram no crescimento de contas digitais.

Segundo Felipe Penido, sócio e especialista em Projetos de Market Insight, Data Management e CX Research da Cadarn Consultoria, o acesso facilitado aos serviços financeiros digitais nessas áreas, anteriormente limitado, é agora amplificado pelo acesso generalizado à internet e smartphones, levando o país a níveis de bancarização comparáveis aos dos países europeus.

A especialista Débora Yuan, também sócia da Cadarn, aponta que, apesar da preferência geral por atendimento humano em detrimento de chatbots, a maioria das pessoas ainda prefere métodos de atendimento online para interagir com suas instituições financeiras. “Com a digitalização, todos os bancos, sejam eles nascidos digitalmente ou não, estão expostos a riscos semelhantes aos que as agências bancárias enfrentavam no passado. Os ataques cibernéticos e as fraudes estão evoluindo, e nós devemos evoluir nossas defesas na mesma velocidade,” explica Yuan.

Os processos de verificação de identidade em bancos digitais, que incluem biometria facial e fotos com documentos, são cruciais para prevenir fraudes. Esses métodos são considerados os mais efetivos para garantir a identidade de uma pessoa no mundo digital, protegendo tanto as instituições quanto os usuários.

Penido conclui prevendo que o Brasil possa ultrapassar 2 bilhões de contas até 2030, ressaltando a necessidade de um acesso diversificado aos serviços financeiros. Ele também lembra que, embora em desuso, talões de cheque ainda são utilizados, evidenciando a complexidade e diversidade das preferências bancárias no país. Esse estudo não só demonstra o impressionante crescimento no número de contas digitais no Brasil, mas também destaca uma clara preferência por soluções financeiras online, apontando para um futuro onde a inclusão financeira possa alcançar novos patamares. Para mais informações, o estudo completo está disponível em www.rankingexperiencia.com.br