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5 tendências em tecnologia para a educação em curto prazo

O professor Francisco Borges, mestre em Política Pública de Ensino e consultor da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), avalia cinco tendências que devem se destacar nos próximos meses para impactar de forma positiva todo o setor.

1 – Educação Híbrida

Borges apoia um modelo que combina aulas presenciais com aulas a distância, o que, de acordo com ele, é fundamental para uma formação de qualidade. “Enquanto alguns grupos educacionais defendem a primazia do ensino a distância, outros, já estabelecidos no mercado, querem manter o modelo presencial.

Há interesses em ambos os lados, e o que realmente deveria nortear o debate é identificar quais carreiras requerem mais presencialidade; quais podem ser totalmente remotas e digitais; quais tecnologias podem substituir métodos tradicionais, impulsionando o avanço tecnológico da educação, e assim por diante”, afirma.

2 – Educação Profissional Ampla

Borges destaca que a educação profissional, ainda pouco valorizada, é uma das principais demandas da sociedade e precisa ser revista.

Segundo ele, 96% dos estudantes matriculados nas escolas públicas federais, estaduais e municipais disseram querer estudar educação profissional.

3 – Verticalização

O consultor da FAT acredita que a expansão do acesso à Educação Superior depende da Verticalização da Educação. “Estudantes que aprendem temas e conteúdo na educação profissional de nível médio poderão aproveitá-los no ensino superior, em uma estratégia de alinhamento dos projetos pedagógicos por área, estimulando o acesso a um nível mais elevado e mais relevante para o mercado”, afirma.

4 – Inteligência de Dados como Ferramenta de Gestão

Para Borges, o setor da educação precisa tratá-la como um serviço e levar em conta a demanda dos jovens estudantes. “Além de compreender as necessidades do mercado, é preciso aplicá-las na proposta pedagógica, levando em consideração os desejos, percepções e habilidades dos indivíduos. Esse é um dos caminhos para a criação de empregos para a população.

E a gestão através de dados, pesquisas e dashboards que monitoram tais informações acelera a compreensão das tendências e aponta correções nos processos necessários. Preferência por dados ao invés de empirismo”, defende Borges.

5 – Parcerias e Integração

Borges apoia a formação de parcerias e integração para aprimorar a educação. Ele acredita que a colaboração entre escolas, universidades, empresas e governos é fundamental para oferecer uma educação de qualidade e atualizada com as demandas do mercado de trabalho. Parcerias também podem fornecer recursos financeiros e tecnológicos, aprimorar a pesquisa e oferecer estágios e oportunidades de carreira para os alunos. De acordo com ele, a integração de diferentes setores e perspectivas pode conduzir a uma educação mais abrangente e eficaz para todos.