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Aplicativo da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva faz “match” entre pacientes e doadoras para que os bebês possam nascer mais parecidos com os pais

Aplicativo da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva faz “match” entre pacientes e doadoras para que os bebês possam nascer mais parecidos com os pais

A Inteligência artificial está revolucionando inúmeros serviços e na área da saúde e ciências não seria diferente, de 2018 para 2020, o uso desse tipo de tecnologia cresceu de 32% para 48% segundo um estudo desenvolvido pela consultoria Everis em parceria com a Endeavor.

O ChatGPT, algoritmo baseado em inteligência artificial e com foco em diálogos como uma forma simples de obter respostas, trouxe à tona como a tecnologia pode agregar e facilitar processos.
 
No setor de reprodução humana, a inteligência artificial já vem sendo utilizada como forma de obter resultados cada vez mais certeiros e de forma mais rápida. No Brasil, a Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo, já utiliza a tecnologia por meio de um software de reconhecimento facial que tem como intuito facilitar procedimentos de ovodoação e fertilização in vitro juntando pacientes e doadoras que possuam características em comum. 

 
“Nós desenvolvemos um aplicativo de reconhecimento facial aqui na clínica e é único, foi desenvolvido por nós e nele colocamos as características fenotípicas da paciente e duas fotos, no qual, é possível que o aplicativo possa fazer medições da paciente. A inteligência artificial do aplicativo consegue verificar no rosto a distância entre os olhos, da boca, o tamanho do maxilar, e entre outras áreas que chegam em torno de mil pontos medidos”, explica Fernanda Robin, gerente executiva da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva.
 
De acordo com Robin, as medições aliadas com as características fenotípicas colocadas dentro do aplicativo geram um algoritmo que fica armazenado no banco de dados e conforme novos cadastros de pacientes são aprovados para fazer o compartilhamento dos óvulos, há uma comparação entre as categorias das doadoras com a categoria das receptoras.
 
“Feita essa comparação, o aplicativo faz os “matches” que são as comparações entre as doadoras e as receptoras e gera um grau de compatibilidade que varia entre 50, 60, 70% de compatibilidade. A partir dessas características fenotípicas, então, e desse match do percentual de semelhança, agregado a outros critérios, como fotos familiares, é que fazemos então o match final pela paciente”, afirma a especialista.
 
O “assistente de ovodoação” é mais uma prova de que a inteligência artificial chegou para revolucionar e tem a capacidade de interferir no futuro das próximas gerações aliados à ciência.

Robin afirma que atualmente a ferramenta não é utilizada sozinha nos procedimentos, mas que é um dos principais parâmetros para auxiliar na escolha.

A clínica acredita que as novas tecnologias, principalmente aquelas envolvendo IA ainda precisam do olhar humano para refinamento, principalmente por envolverem vidas e sonhos daqueles pais.

Por isso o aplicativo compõe o leque de ferramentas utilizadas para que o pareamento entre doadora e receptora seja o mais preciso possível.
 
O uso da inteligência artificial na medicina reprodutiva foi abordado em outubro de 2022 em um dos maiores eventos de reprodução, o ASRM Scientific Congress & Postgraduate Courses 2022.

Na ocasião, o uso da tecnologia para a melhoria do desempenho de tratamentos reprodutivos foi discutido e levantou grandes debates entre o público.