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Como as pequenas empresas podem se adaptar à LGPD sem altos investimentos? 

Como as pequenas empresas podem se adaptar à LGPD sem altos investimentos? 

Como as pequenas empresas podem se adaptar às novas leis de proteção de dados sem altos investimentos?  

Por Ricardo Maravalhas

Ricardo Maravalhas

De dois anos para cá, com o impacto da pandemia e inúmeros acontecimentos econômicos, políticos e sociais em todo o mundo, nossa sociedade foi forçada a se reinventar em diversos aspectos.

Um deles foi o crescimento de iniciativas empreendedoras, gerando novas fontes de renda para muitas famílias. Segundo dados do SEBRAE, a abertura de pequenos negócios em 2022 registrou uma leve queda de 7%, quando comparado com 2021, mas ainda assim é maior do que o registrado no período pré-pandêmico.

Em números gerais, 2022 registrou a criação de 3,6 milhões de novas empresas, tendo uma concentração no modelo de Micro Empreendedor Individual (MEIs). Um ponto de atenção para esses novos gestores são as adequações para a LGPD.

Principalmente porque foi publicada a Resolução ANPD 2² do Conselho Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) no dia 27 de janeiro de 2022 que traz a aprovação do Regulamento de aplicação da Lei 13.709 que exige que todas empresas de pequeno porte se adequem à Lei.

Estão inclusos nesse diretório micro empresas, startups, pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos e empresas de pequeno porte.  Embora a LGPD esteja em vigor há quase dois anos, grande parte das empresas ainda não se adequou e, segundo um estudo realizado pelo Grupo Dayrus, 80% das organizações ainda não tomaram as iniciativas necessárias para cumprir as exigências da regulamentação.  

Para ajudar nesse processo tão essencial para a sobrevivência de um negócio, listo três dicas: 

Análise: antes de qualquer coisa, reúna os profissionais mais experientes de sua equipe para fazer uma análise crítica sobre todos os aspectos de tratamento de dados pessoais da sua base de clientes.

Somente assim, será possível identificar gargalos e apontar soluções;

Divulgação: nesse momento, transparência é palavra de ordem! Divulgue, da forma mais clara e objetiva, como e quais dados serão coletados por sua empresa para cada cliente e consumidor;

Implementação: por fim, é preciso investir em conscientização e treinamentos constantes de todos os colaboradores. Isso porque, para ter um processo de LGPD eficiente, qualquer ponto de contato entre empresa e consumidor, deve seguir regras claras e transparentes;

Ricardo Maravalhas, Founder e CEO da DPOnet, empresa que tem como objetivo democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD, por meio de uma plataforma SaaS automatizada de gestão de privacidade, segurança e governança de dados pessoais.