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Diversidade de pensamento a chave para a vantagem estrategica corporativa

Diversidade de pensamento: a chave para a vantagem estratégica corporativa

Por Bruno Gonçalves, head de experiência do Hopi Hari

A diversidade de pensamento está se tornando uma prioridade estratégica essencial para empresas em todo o mundo. Representar a sociedade dentro da estrutura corporativa é crucial, não apenas por razões sociais, mas também como uma vantagem competitiva. Então, quais são as vantagens de ter equipes diversas dentro da sua organização, independentemente do porte ou área de atuação?

Para entender as vantagens, é importante considerar como os seres humanos resolvem problemas. Nosso cérebro, uma máquina biológica complexa, desenvolve suas habilidades com base em experiências e ambientes únicos. Cada indivíduo possui uma forma de pensar que é tão única quanto uma impressão digital.

Essa diversidade de pensamento pode ser um grande trunfo para sua empresa. Imagine uma equipe composta por pessoas com experiências e origens semelhantes. Embora eficaz, essa equipe levará em conta menos variáveis ao resolver problemas. Em contrapartida, uma equipe diversa, composta por indivíduos com diferentes origens, terá abordagens variadas e inovadoras, potencializando a capacidade de resolver problemas de maneira criativa e eficaz.

O relatório “Diversity Matters” de 2015, da consultoria McKinsey, reforça essa ideia. Empresas com maior diversidade de gênero têm 15% mais chances de apresentar performance superior, e esse número sobe para 35% quando se trata de diversidade étnica.

Contratar com base em aptidão é fundamental, mas é igualmente importante avaliar a diversidade do seu time. Aspectos como raça, cor de pele, gênero e religião devem ser considerados para garantir que a equipe represente a sociedade e, consequentemente, os clientes. Equipes diversas são mais propensas a inovar e competir de maneira diferenciada.

A Disney é um exemplo de empresa que reconheceu a importância da diversidade muito antes de se tornar um tema amplamente discutido. Em 1991, Michael Eisner, então CEO da Disney, montou uma estrutura de trabalho remoto para Howard Ashman, um talentoso compositor que estava lutando contra a AIDS. Esse ato não foi apenas um gesto de humanidade, mas uma decisão estratégica. Ashman continuou a contribuir com trabalhos brilhantes, e mesmo após seu falecimento, ganhou um Oscar pela canção “A Bela e a Fera”.

O ponto aqui não é assistencialismo ou justiça social, mas sim reconhecer o valor estratégico da diversidade. Equipes diversas refletem a capacidade humana de inovação e adaptação, proporcionando uma vantagem competitiva única.

Em resumo, adotar a diversidade de pensamento é mais do que uma questão de justiça social; é uma estratégia empresarial inteligente. Empresas que investem na diversidade não só fazem o que é certo, mas também se posicionam melhor para enfrentar os desafios do futuro e liderar em inovação.