Fraudes no e-commerce brasileiro: setor registra 5,6 milhões de tentativas em 2022

Fraudes no e-commerce brasileiro: setor registra 5,6 milhões de tentativas em 2022

Especialista da we.digi, consultoria de tecnologia para e-commerces, comenta estudo da ClearSale e faz alerta sobre tentativas de fraudes 

Investir na segurança das lojas virtuais é tão necessário quanto em uma loja física.

Dados do Mapa da Fraude, estudo realizado pela ClearSale, apontam que o e-commerce brasileiro registrou 5,6 milhões tentativas de fraudes entre o mês de janeiro e dezembro de 2022.

Nesse período, foram analisados 312,2 milhões de pedidos no setor.
 
Felipe Trudes, CEO da we.digi, consultoria de tecnologia para e-commerces, analisou os resultados da pesquisa e pontua a importância de se alertar para esse problema que segue assombrando lojistas e clientes.

“É preciso pensar em plataformas seguras, que não sejam de código aberto, investir em um intermediador de pagamento, definir limites de compras e estudar o padrão de comportamento dos seus consumidores, por exemplo”, afirma Trudes.
 
A pesquisa também listou os três tipos de fraudes mais comuns, que são: fraude efetiva, aquela em que o criminoso utiliza dados de cartões de crédito roubados para fazer a compra; autofraude, quando o próprio dono do cartão efetua a compra, mas alega, dentro do prazo de 180 dias, que não realizou a aquisição que consta na sua fatura; e a fraude amigável, que é feita por parentes ou conhecidos próximos do titular do cartão, porém sem o seu consentimento para a compra. 

Outro dado divulgado que é importante para reflexão e prevenção dos e-commerces são os aumentos de casos de fraudes nas datas sazonais, como Dia das Mães (2,5%), Dia do Consumidor (2,2%), Dia dos Namorados (2,1%) e a Black Friday (1%).
 
“Além da segurança diária que deve ser prioridade no setor, a fim de evitar prejuízos maiores, devemos nos atentar a datas comemorativas que, naturalmente, movimentam o comércio e aumentam a demanda dos fornecedores. Esses são considerados momentos estratégicos de cibercriminosos, já que o volume aumenta e muitos padrões podem passar despercebidos ou sofrerem falhas”, pontua Felipe.