Médico aponta 5 tendências para a saúde digital em 2023
Para o Dr. Eduardo Cordioli, médico e Head de Inovação da Docway, as maiores tendências são equidade, computação de dados, inteligência artificial, sustentabilidade e inovação
03/02/2023 – Pela primeira vez em mais de 60 anos o crescimento populacional da China foi negativo, o que já acontece na Europa há tempos.
A consequência é clara: à medida que a população envelhece, mais o sistema de saúde é sobrecarregado. Contudo, mesmo com a clara necessidade de mais profissionais de saúde atuantes, cada vez menos trabalhadores parecem se interessar pela área médica
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“Dois fatores têm afastado muitos profissionais da saúde da área médica, são eles: o déficit de remuneração e o aumento de casos de Burnout, visto que a categoria foi muito exigida nesses últimos anos de pandemia”, comenta o Dr. Eduardo Cordioli, médico e Head de Inovação da Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina.
Para contornar esse e outros problemas, a saúde digital vem se consagrando como uma alternativa eficiente e acessível, trazendo mudanças significativas para o sistema em 2023. Segundo Cordioli, as maiores tendências são: equidade, computação de dados, inteligência artificial, sustentabilidade e inovação.
“Uma das barreiras que temos hoje é a grande disparidade nas condições de saúde globais.
Por exemplo, se uma empresa multinacional emprega funcionários de diversas regiões do país, obviamente eles terão disparidade no acesso à saúde, o que é injusto.
Mas quando falamos de saúde digital o fundamento principal é a equidade, desde o acesso até o desfecho”, explica.
Já através do avanço do 5G e do poder computacional, Cordioli aponta que é possível transitar dados de um paciente em diferentes cenários sem a necessidade do retrabalho, tornando o mercado da saúde mais
resiliente.
“Cada vez mais teremos computadores capazes de realizar cálculos avançados com menos custo e em menor tempo, permitindo modelos de cuidados alternativos, como a medicina preventiva e participativa, em que o autocuidado é facilitado pela inteligência artificial”, diz.
O médico ressalta ainda que a saúde digital é verde, pois consome menos carbono. “Se uma pessoa precisa ir ao médico e pode fazer parte da jornada em casa, ela diminuiu a emissão de gases poluentes para o meio ambiente, causando menos fricção ao sistema.
Neste ponto, é possível ainda transformar as linhas de serviço de grandes operadores e empresas de saúde em crédito de carbono, a fim de garantir uma recuperação desse investimento”, sugere.
Por fim, mas não menos importante, Cordioli conta que a saúde digital está usando de forma cada vez mais assertiva a tecnologia da informação.
“O desenvolvendo de ferramentas que apoiam a medicina feita à distância é essencial para dar mais acesso, tornar o contato mais ágil e melhorar a experiência do usuário, garantindo uma maior adesão ao sistema de saúde.
Afinal, quanto mais cuidado o paciente receber, menos doenças ele vai ter”, complementa.