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Será que esse vídeo é real? Confira sete formas de descobrir se um vídeo é deepfake

Será que esse vídeo é real? Confira sete formas de descobrir se um vídeo é deepfake

Agora que criminosos se aproveitam de cortes de podcast para usarem o deepfake ao seu favor, perito digital ensina como identificar que um vídeo não é tão real quanto parece


Nos últimos anos, a tecnologia tem avançado rapidamente, permitindo a criação de textos, imagens e até mesmo vídeos com uma precisão impressionante devido ao crescimento no uso da IA. Porém, a parcela de criminosos que se utilizam da ferramenta de inteligência para adulterar áudios, imagens e vídeos também cresceu.
 

Prova disso é que, no Brasil, o crescimento do uso de deepfake no último ano foi o maior da América Latina, atingindo impressionantes 830%, conforme aponta o relatório anual Sumsub Identity Fraud Report 2023.
 

Com esse aumento expressivo, criminosos têm encontrado novas maneiras de explorar essa tecnologia e agora se aproveitam da imagem e da voz de figuras públicas, como por exemplo cortes de podcasts, para transmitir uma falsa legitimidade às suas fraudes, como jogos online, plataformas falsas de empregos home office e, até mesmo, plataformas de aposta.
 

Wanderson Castilho é perito em crimes digitais, CEO da Enetsec e explicou como o golpe acontece na prática. “Os criminosos gravam os cortes de podcasts e utilizam a Inteligência Artificial para criar um áudio com base na voz da celebridade, como se elas tivessem promovendo o formato de golpe que eles promovem e usam as ferramentas de anúncios pagos das redes sociais para promover o cadastro nesses sites fraudulentos”, disse. Anitta, Neymar, César Tralli e, recentemente, Whindersson Nunes são alguns dos nomes que tiveram suas imagens adulteradas.
 

Como saber se um vídeo é deepfake?
 

Identificar vídeos de deepfake pode ser um desafio, mas, segundo o especialista, algumas dicas podem ajudar a reconhecer quando o vídeo é falso. “Primeiro, observe o movimento dos olhos e piscadas, já que esse tipo de vídeo falso muitas vezes falha em replicar movimentos naturais”, diz Wanderson.
 

“As expressões faciais podem parecer rígidas ou não naturais, e a sincronização labial pode não corresponder perfeitamente ao áudio. É importante também verificar a iluminação, que pode parecer irrealista e a textura da pele, que pode parecer excessivamente lisa ou brilhante”, completa o especialista.
 

O especialista também indica que o áudio pode parecer fora de sincronia, formal demais ou num tom acima do que a persona do vídeo costuma se comunicar e, além disso, Wanderson pede para se atentar ao movimento do corpo que pode ter inconsistências sutis. “Verificando estas informações, o usuário consegue tornar a sua vida nas redes ainda mais segura”, finaliza.
 

Saiba mais sobre Wanderson Castilho: Com mais de 5 mil casos resolvidos, o perito cibernético e físico, utiliza estratégias de detecção de mentiras e raciocínio lógico para interpretar os algoritmos dos crimes digitais. Autor de quatro livros importantes no segmento e há 30 anos no mercado, Wanderson Castilho refaz os passos dos criminosos virtuais para desvendar a metodologia empregada no crime digital. Certificado pelo Instituto de Treinamento de Análise de Comportamento (BATI) da Califórnia, responsável por treinar mais de 30 mil agentes policiais, entre eles profissionais do FBI, CIA e NSA. Também possui certificados em Certified Computing Professional – CCP – Mastery, Expert in Digital Forensics, é membro da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners). E sua recente certificação como Especialista em investigação de criptomoedas pelo Blockchain Intelligence Group, ferramenta usada pelo FBI, o coloca hoje em um patamar de um dos maiores profissionais em crimes digitais do mundo sendo um dos especialistas mais cotados para resolver crimes cibernéticos.