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Startup brasileira desenvolve mouse acionado pela cabeça

Startup brasileira desenvolve mouse acionado pela cabeça

Com o avanço da tecnologia, é possível ter acesso a uma variedade de serviços usando apenas um smartphone. No entanto, para muitas pessoas, isso pode ser um desafio.

Pessoas com tetraplegia ou outras condições que limitam o movimento dos membros superiores podem enfrentar dificuldades ao manusear esses dispositivos.

Para ajudar a resolver esse problema, a startup brasileira TiX, especializada em tecnologia assistiva, desenvolveu um aliado para a acessibilidade digital de pessoas com deficiência motora.

O produto, chamado Colibri, é um dispositivo sem fio que funciona como um mouse de cabeça para celulares, computadores e tablets.

De acordo com Adriano Assis, engenheiro eletricista e cofundador da startup, a empresa já lançou produtos que atendem às necessidades de pessoas com outras deficiências motoras, mas não tinha nenhuma solução específica para aqueles que têm pouco ou nenhum movimento do pescoço para baixo.

A inspiração para o Colibri veio de Mikael Monteiro, um menino de 10 anos com síndrome de artrogripose múltipla, que usava a boca para jogar e mexer no celular.

O Colibri capta movimentos intuitivos da cabeça para controlar o ponteiro do mouse com precisão, e os cliques podem ser feitos com o piscar dos olhos, o sorriso ou automaticamente após a parada do ponteiro.

O dispositivo é leve, tem bateria recarregável e não precisa ser instalado no computador ou celular, basta pareá-lo com o Bluetooth para usá-lo.

Ele pode ser acoplado tanto nas armações de óculos quanto em tiaras, bonés e fones de ouvido.

O Colibri já está sendo utilizado em terapias de reabilitação nas unidades da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

Ana Carolina Rodrigues, terapeuta ocupacional, conta que ele é usado tanto nos setores de adultos como nos infantis, em tratamentos como fonoaudiologia e pedagogia, atendendo todos os diagnósticos do local.

O aparelho é especialmente útil para crianças com paralisia cerebral, malformações congênitas ou doenças neuromusculares, e também para pacientes amputados, que sofreram AVC ou com alguma lesão medular.

O dispositivo pode ser adquirido por meio de planos de assinatura ou comprado diretamente por R$ 2.990.

A AACD planeja expandir o uso do dispositivo para outras unidades em São Paulo e em outros estados, oferecendo às pessoas com deficiência oportunidades de inclusão em um mundo cada vez mais tecnológico.

Para maiores informações, acesse o site.