Cientistas recriam perfume de Cleópatra

Cientistas recriam perfume de Cleópatra

Cientistas conseguiram recriar o aroma do perfume utilizado por Cleópatra, que seria uma combinação agradável de cheiros picantes e doces.

O pesquisador Sean Coughlin, da Academia Tcheca de Ciências, analisou receitas e desenhos encontrados em templos egípcios para desvendar a composição do perfume.

Descobriu-se que ele era feito com base em mirra, uma resina obtida de uma árvore típica do sudeste da África e da Península Arábica, além de outros ingredientes como cardamomo, azeite de oliva e canela.

Outros cientistas, como Barbara Huber, doutoranda em arqueologia no Instituto Max Planck de Geoantropologia, utilizaram incensários encontrados em sítios arqueológicos para detectar resinas perfumadas, como incenso, mirra e pistache, em construções privadas, sepulturas e templos da Arábia Saudita.

Para estudar esses aromas, os cientistas usam técnicas como cromatografia para separar diferentes compostos presentes em resíduos biomoleculares deixados em frascos de perfume, incensários, panelas e recipientes de alimentos.

Após a coleta dessas pistas olfativas, um perfumista é responsável por recriar os cheiros.

Esses estudos são importantes para entender a história e a cultura de sociedades antigas, já que o uso de perfumes e incensos tinha um significado simbólico e religioso em muitas civilizações.

Além disso, a recriação dos aromas pode ser útil para a indústria de perfumaria atual, que pode se inspirar em técnicas e ingredientes antigos para criar novas fragrâncias.

No entanto, é importante ressaltar que a recriação do perfume de Cleópatra é apenas uma especulação baseada em evidências históricas e científicas.

Não há como ter certeza absoluta de como era o perfume utilizado pela rainha egípcia.

Mesmo assim, essa pesquisa é fascinante e nos ajuda a compreender melhor a riqueza e a complexidade da cultura antiga.